Capítulo 05 - Favorite Crime (fanfic ChaMel)

 Melfronck ✈️

Depois que Chay e Maria foram embora, Nine pediu para visitar a casa da madrinha e eu pedi para a babá levá-la por estar cansada. A verdade é que a expressão no rosto do meu amigo e a forma como falou sobre não conhece-lo o suficiente estava perturbando a minha mente, porquê denuncia que já passamos  dos limites. É hora de pôr um fim nisso, seja lá o que for que começamos. 

 Detesto viver uma mentira, mas eu não sei se o que sinto por ele é o bastante para jogar dez anos de casamento no lixo, não sei se o que ele sente é o bastante para começarmos algo, mesmo que tenhamos que sacrificar parte das nossas famílias e… recomeçar. 

Odeio a sensação de estar perdida no meio de uma situação que eu mesma criei: meu coração deseja uma coisa, minha mente sabe o que é certo e meu corpo implora para que eu ignore os dois. 

 Peguei uma taça de vinho pra mim e fui observar a lua na varanda, sempre me ajuda a pensar melhor, por sorte, o telefone reserva estava largado no sofá, deveria ter mais cuidado com isso. 

 Cristal: podemos jantar juntos na semana que vem? Precisamos conversar. Estou indo pra SP resolver algumas coisas e aproveito te encontro. 

Matteo: Já tá com saudade, docinho? 

Cristal: Sem graças, a conversa que precisamos ter é séria!! 

Matteo: lá vem você com sua racionalidade estragar toda a diversão. 

Cristal: Somos adultos, as nossas brincadeiras tem consequências, Balsano. 


Antes que eu pudesse ver se ele respondeu, o furacão Flaviana apareceu na minha frente, batia os pés e chamava meu nome como se eu não estivesse ali. 

— Mel, você perdeu o juízo? Por que a Nine está dizendo que o " tio Chay " esteve aqui hoje? Sabe bem como esse tipinho é exibido, poderia ter exposto a sua filha só por curtidas em rede social. – Berrou, posso ver uma veia saltada em sua testa. 

— Ele é meu amigo, a Nine o adora, ele jamais ia expor a minha filha, Flaviana. – Repouso a taça na mesa de centro. 

— E além do mais, e a mania chata de dar em cima de você?! – Gesticulou, apontando pra mim. 

— Ele não faz mais isso há muito tempo, somos bons amigos, o que tem de errado em fazer uma visita? – Gargalhei e logo em seguida, fechei a expressão do rosto ao perceber que ela não estava convencida das minhas palavras. 

— Você acha que meu irmão vai gostar disso? 

— Ele adorou a ideia, os dois se dão muitíssimo bem, Nine adorou brincar com a Maria, então, obrigada pela preocupação, mas eu sei bem o que estou fazendo. 

—  Só falo porque sou sua amiga e quero seu bem. Você já faz parte da família. Eu detestaria ver você e Rodrigo separados, ainda mais por conta de um caso com um moleque qualquer. – Ela vem até mim, segura as minhas mãos e me abraça.

 Será que Flaviana sabe de algo? Conto até 25 mentalmente para não sair correndo e gritando. Falta pouquíssimo para eu surtar de vez.

Depois de respirar fundo, eu digo: 

— Não temos caso nenhum, quantas vezes eu vou ter que dizer que somos só amigos apenas? 

— Você pode não ter segundas intenções, mas ele com certeza deve ter. 

  Mal sabia ela que eu tinha segundas, terceiras e quartas intenções e também já esgotei todas elas. 

— Chega desse assunto!! 


Ela se despediu garantindo que Nine passaria a noite na sua casa e era para eu aproveitar para descansar e colocar meus pensamentos em ordem e de qualquer forma, Rodrigo só voltaria de viagem amanhã mesmo, terei bastante tempo pra isso. 

 Tentei ler um livro, ver um documentário,tomar um chá e acabei tendo que recorrer a um remédio para dormir. Estava inquieta demais com a possibilidade de alguém ter descoberto meu segredo.  


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