Capítulo 11 - Favorite Crime

 Mel 🐝✈️

— Qual o problema de admitir que você gosta dele? – Rodrigo e eu estávamos sentados na varanda de casa. A conversa acabou entrando no tópico " Chay e essa situação toda " sua pergunta acabou me deixando perturbada. 


  Como qual o problema? Ele é casado e eu também. Ok, não levamos isso em consideração quando começamos a nos encontrar, entretanto, eu nunca imaginei que fosse acabar apaixonada e grávida. CALMA AÍ, EU DISSE APAIXONADA? eu não mereço isso, Rodrigo não merece isso. Foi tão difícil chegar até aqui, estávamos tão bem e felizes. Achei que ficaríamos assim pra sempre. 

 Até eu estragar tudo por um joguinho de sedução, por uma maldita névoa do passado. 

— Sei o que está pensando e nada precisa mudar entre nós. E além do mais, ele já pediu o divórcio, lembra? 

— Por que você está me jogando no colo de outro homem assim tão fácil? – me movi desconfortável no sofá. 

— Eu não estou fazendo isso! Você se jogou no colo dele sozinha. – ele riu apertando os olhos puxados. 

 Por que meu marido tinha que ser tão compreensivo? Certamente para me fazer sentir mais culpada, no mínimo! 

— Sei o que você está pensando e fique tranquila, você não destruiu nada. Pelo menos, não pra mim – Ele segurou minha mão e beijou a minha testa.

Rodrigo me deixa sozinha com as minhas reflexões e isso me assusta. 

  Quando penso em Chay, tudo parece confuso demais enquanto eu ainda estou tentando compreender meus sentimentos e organizar a minha mente para saber exatamente quais serão os próximos passos, ele estava abrindo da família que sempre sonhou porque acredita que vamos ter uma filha juntos e talvez Cristal nunca me perdoe por não ter uma família dentro do padrão, aquela garotinha teria que se acostumar com a ideia de ter dois pais e eu ia ter que me conformar em viver sob o mesmo teto com um marido e pseudo-amante que resolveram se tornar melhores amigos para atazanar a minha vida. 


 É, pode ser divertido ou uma total loucura, na pior das hipóteses, uma mistura das duas coisas. 

  Eu não o via há meses e evitava mandar mensagens, ainda que fosse apenas sobre a bebê. A esposa dele não estava facilitando nada em relação ao divórcio e eu não queria dar mais munição pra prolongar essa situação. 

 

  Eu estava com trinta e nove semanas de gestação Cristal poderia nascer a qualquer momento e Chay não estará aqui. Talvez seja melhor assim, mas, preciso admitir que estava sentindo falta dele. 




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